terça-feira, 16 de setembro de 2014

Primeira vacina contra dengue pode ser lançada em 2015

Estima-se que de 50.000.000 a 100.000.000 de pessoas por ano contraem dengue. A doença, pode causar altas temperaturas e intensa dor nas articulações e músculos. Nos casos mais graves, a infecção provoca a febre hemorrágica, caracterizada por sangramento, levando ao quadro de choque, que pode ser fatal.

O número de casos de dengue vem aumentando rapidamente em todo o mundo, em parte por causa da urbanização, já que o mosquito transmissor da doença está bem adaptado a zonas urbanas. A dengue já não é mais uma doença restrita às zonas tropicais, nos países em desenvolvimento, está migrando para os países industrializados em zonas mais temperadas.

Uma vacina experimental contra a dengue que vem sendo desenvolvida pela Sanofi (uma empresa farmacêutica francesa) revelou ser cerca de 60% eficaz em seu segundo grande ensaio clínico, envolvendo 20.875 crianças com idades entre 9 a 16 de vários países da América Latina e do Caribe. Os resultados podem abrir caminho para a primeira campanha do mundo contra a doença, que tem se tornando uma ameaça crescente.

A vacina é um vírus de febre amarela, enfraquecido, que é geneticamente modificado para produzir proteínas a partir dos quatro subtipos de vírus de dengue. O esquema de vacinação é dividido em três doses ao longo de um ano.

O estudo revelou que a vacina foi mais eficaz em pessoas previamente expostas à dengue. Aqueles que receberam a vacina também tiveram um risco 80,3 por cento menor de serem hospitalizadas por dengue em comparação com as crianças que receberam injeções de placebo.

Há previsão de o processo para aprovação da comercialização da vacina começar no primeiro trimestre de 2015 e que já esteja a venda no quarto trimestre do mesmo ano. Os países prioritários seriam México, Brasil e Colômbia e, possivelmente, Singapura e Malásia.

A Sanofi anunciou os resultados em um comunicado à imprensa, dizendo que mais detalhes seriam apresentados em uma conferência médica em novembro e publicado em uma revista. Os testes clínicos ocorreram no Brasil, Colômbia, Honduras, México e Porto Rico.



Fonte: nytimes
Foto: MUHAMMED MUHEISEN / ASSOCIATED PRESS


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