Há alguns meses houve uma verdadeira
avalanche de mensagens nas redes sociais sobre testes de medicamentos e maus tratos
em animais, com imagens fortes que chocaram a muita gente.
O que muita gente não sabe é que, para que
sejam verificadas toxicidade, eficácia, segurança e relação risco/benefício, o medicamento,
obrigatoriamente, tem que passar por testes em animais e em humanos. Porém,
existe todo um protocolo de Boas Práticas e Ética que regulam todas as etapas.
É um processo longo, que dura em média
de 10 a 15 anos. E nem mesmo com os altos custos (estima-se que mais de 1 bilhão
de dólares) é garantido que esse medicamento chegue às prateleiras.
Os estudos são divididos em Pré-Clínicos
e Clínicos:
Fase Pré-Clínica: determinam a segurança
e eficácia biológica. O produto é observado in
vitro e testado em animais, determinam a segurança e eficácia biológica
antes de serem testados em humanos.
Fase Clínica: Após os estudos
pré-clínicos estarem completos, a indústria solicita à ANVISA uma autorização para
testes do novo medicamento em seres humanos.
Fase Pré-Clínica
Fase em que o produto é observado in
vitro e testado em animais.
A avaliação toxicológica pré-clínica de
uma nova droga passa por quatro estágios, dependendo do tempo de exposição:
- Toxicidade aguda: uma ou mais doses durante 24 horas;
- Toxicidade de doses repetidas: administração repetida durante, no mínimo, 14 dias; obtenção de informações sobre os efeitos tóxicos, identificação de órgãos alvos, efeitos na fisiologia do animal, hematológicas, bioquímicas, anátomo e histopatológicas, além de informações sobre a indicação de dose;
- Toxicidade sub-crônica: ampliam o período de exposição a droga para 30 dias ou mais;
- Toxicidade crônica: quando a droga é avaliada por um período mínimo de 90 dias, com a mesma via de administração preconizada para humanos, por no mínimo 24 semanas, é possível obter informações sobre a toxicidade crônica.
Fases Clínicas
Fase em que o produto é observado em humanos.
- Fase I (Segurança)
É a 1ª etapa de estudo de um novo princípio
ativo em humanos, em geral saudáveis, realizada em pequenos grupos de pessoas
voluntárias (20 a 100). Estas fase é necessária para uma avaliação preliminar
da segurança, perfil farmacocinético e farmacodinâmico.
- Fase II (Segurança e Eficácia)
- Fase III (Segurança e Eficácia Controlada)
Concluída esta etapa, a empresa
responsável, envia um relatório à ANVISA solicitando o registro para comercialização
do medicamento. A aprovação do produto não é imediata e pode levar até dois
anos!
- Fase IV (Estudos pós- comercialização)
Nesta última fase, a participação de
todos os usuários do medicamento em questão é essencial. Todos nós,
consumidores, podemos e devemos notificar os eventos e reações adversas através
do NOTIVISA ou solicitar que seu profissional de saúde o faça.
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