segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Produtos para Disfunçao Erétil sao os mais vendidos no Brasil

Segundo dados do Instituto IMS Health, no ano passado um dos medicamentos sob prescriçao medica mais vendidos nas farmácias brasileiras foram os produtos para disfunçao erétil. As marcas líderes no mercado sao Cialis® e Viagra®, existem ainda as versoes genéricas.

Com princípios ativos que agem de forma similar, diferenciando sobretudo pelo tempo de ação mais prolongado do Cialis® (tadalafila), os medicamentos para disfunção erétil se disseminaram amplamente desde sua entrada no mercado, sendo inclusive alvo de falsificações e vendas por internet, o que é proibido pela ANVISA e pode colocar em risco a saúde do paciente.

A tadalafila atua restaurando a funçao erétil deteriorada mediante o aumento do fluxo sanguíneo do pênis pela inibiçao seletiva da fosfodiesterase-5 (PDE-5).

Os inibidores da PDE-5 estao contraindicados em pacientes com infarto agudo do miocardio, angina instável, angina de esforço, insuficiência cardíaca, arritimias não controladas, hipotensão (pressão arterial < 90/50 mmHg), hipertensão arterial não controlada, histórico de acidente isquêmico cerebral, em pacientes com insuficiência hepática grave e pessoas com histórico de neuropatia óptica isquêmica ou com transtornos hereditários degenerativos da retina tais como retinitis pigmentosa.

Este principio ativo (inibidor seletivo da PDE-5) apresenta numerosas interações com outros medicamentos, podendo aparecer reaçoes adversas graves que devem ser tomadas em consideração, como as cardiovasculares, já que seu consumo está associado à infarto agudo do miocárdio, angina, arritmia ventricular, palpitações, taquicardias, acidente cérebro vascular, inclusive morte súbita cardíaca, que teve maior incidência em pacientes com antecedentes de fatores de risco cardiovascular.


Apesar do apelo comercial, assim como qualquer outro medicamento, os medicamentos disfunção erétil são passíveis de reações adversas e o tratamento deve ser sempre supervisionado por um médico. 


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domingo, 28 de setembro de 2014

A bebida alcoólica altera o efeito do medicamento?

Essa é uma dúvida recorrente e que pode variar muito dependendo do tipo de medicamento.

Todo medicamento apresenta uma farmacocinética, ou seja, um determinado tempo para exercer sua ação, ser metabolizado eliminado pelo organismo. A bebida alcoólica, também possui sua cinética no organismo e pode interferir com a ação do medicamento: retardando ou acelerando-a, prejudicando o tratamento.

Veja a seguir como cada tratamento pode ser influenciado pela ingesta de bebidas:
Antidepressivos: agem diretamente no sistema nervoso central. O álcool também tem ação central e pode deixar a pessoa mais estimulada no início, mas logo após passar o efeito da bebida, o paciente diagnosticado com depressão pode sentir-se mais pra baixo e a depressão pode voltar com mais força, associada aos sintomas de ressaca e cansaço que a bebida pode provocar.

Antibiótico: o álcool compete com o antibiótico pela mesma via do metabolismo, assim a concentração do fármaco que chega ao sangue não é suficiente para alcançar o efeito desejado. O grande perigo dessa mistura é a possibilidade de resistência do microrganismo ao antibiótico.

Anti-inflamatórios: tanto a bebida quanto o medicamento são metabolizados pelo fígado, portanto, além de haver uma sobrecarga deste órgão também haverá uma aumento da eliminação do medicamento pelo organismo. Dessa forma o medicamento terá menor tempo de ação e o efeito observado será inferior ao esperado.

Analgésico e anti-térmicos: existem vários tipos e, dependendo da natureza lipo ou hidrofílica da molécula a velocidade de eliminação pode ser mais lenta ou mais rápida na presença de bebidas. Vamos dar dois exemplos mais comuns o paracetamol e a dipirona, ambos terão eliminação mais rápida e consequentemente um efeito menor.

Corticóides: são medicamentos de natureza lipídica, derivados do colesterol, são normalmente metabolizados mais lentamente e a bebida pode prejudicar os efeitos esperados.

Anticoncepcionais: faz parte do grupo de moléculas de natureza lipídica, tal como os corticoides e anabolizantes. Têm eliminação lenta, podem ficar 24 horas no organismo antes de serem eliminados. Quando ingeridos com a bebida o tempo pode ser reduzido à metade. Mesmo que a mulher tome no horário correto a pílula pode não estar evitando uma gravidez.


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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Uma simples aspirina para a dor de cabeça!

Hoje vamos falar de um dos medicamentos mais comuns e difundidos por toda a população. Quem quer que seja, alguma vez com algum tipo de dor de cabeça já lançou mão de um comprimido de ácido acetil salicílico (AAS), a famosa Aspirina ®.

Sintetizada pela primeira vez em 1853, foi o primeiro anti-inflamatório não esteroide e analgésico comercializado em grande escala. Posteriormente foi demonstrado que o AAS era capaz de suprimir a produção de prostaglandinas e tromboxanos, o que permitiu a abertura de seu uso em baixas doses como antiagregante plaquetário. Hoje em dia, esta descoberta certamente é o que compensa comercialmente a entrada de diversos outros analgésicos mais modernos, eficazes e seguros que foram sendo lançados ao longo dos anos, competindo com a grande fatia de mercado que possuía AAS.

A dor de cabeça pode estar relacionada a diversos fatores:
  • alterações emocionais;
  • tensões;
  • esforço físico;
  • alimentação.

É um dos sintomas dolorosos mais comuns e a maior causa de falta no trabalho.

Para conhecer melhor o que desencadeia a sua dor de cabeça e o melhor tratamento a ser prescrito, é muito importante que se faça um diário com todas as características que se observou ao longo do processo de desencadeamento e assim você possa informar melhor o seu médico. Além disso, o diário também servirá para se descartar o diagnostico de enxaqueca, que pode parecer o mesmo mas não é!


Apesar de ser um medicamento vendido sem prescrição, e parecer inofensivo, seu uso indiscriminado pode ter reações adversas e complicaçoes como qualquer outro remédio. Sempre consulte seu farmacêutico ou médico e esteja atento às orientações da bula.


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sábado, 20 de setembro de 2014

Alerta: Paracetamol Associado a Reaçoes Dermatologicas Graves

Após uma revisão das notificações recebidas pelo FDA, a Agencia Reguladora Americana lançou um alerta sobre a associação do uso de paracetamol à reações dermatológicas graves, como: Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise Epidérmica Tóxica e Pustulose Generalizada Exantemática Aguda..

As reações podem ocorrer em qualquer fase do uso. Alguns pacientes apresentam as reações no primeiro contato com o medicamento, outras, que já o utilizam, podem apresentar a qualquer época.

Pelo fato de ser um medicamento amplamente difundido, e utilizado em diferentes frequências pelos pacientes (uns fazem uso contínuo, outros esporádicos) é difícil determinar a frequência com que as reações dermatológicas graves ocorrem.

Recomenda-se a suspensão do uso assim que se percebam os sintomas, procure atenção médica e não utilize o medicamento no futuro.


O FDA está requisitando que a fabricantes de medicamentos que contenham o paracetamol incluam em suas bulas as informações sobre possíveis reações dermatológicas. A ANVISA reforça que o usuário notifique qualquer suspeita através do sistema Notivisa.


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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Uso de Medicamento Experimental no Tratamento de Ebola

Há algum tempo atrás escrevi sobre como é o procedimento de pesquisa e registro de um novo medicamento para que ele seja comercializado. O processo que pode durar anos não acompanha a velocidade com que certas epidemias se alastram pelo mundo, como é o caso atual do Ebola.


Dois laboratórios (Fujifilm Holdings e Mapp Biopharmaceutical) têm se dedicado à pesquisas para um novo medicamento que possa combater o Ebola. Um deles, a Mapp Biopharmaceutical, revela ter enviado unidades disponíveis de seus medicamentos não homologados para que sejam utilizados nas regiões africanas mais acometidas pela doença. Já a Fujifilm Holdings possui o registro do medicamento para uso como antigripal.


Atualmente não existe nenhum medicamento especifico para a doença e, diante da iminente pandemia, a Organizaçao Mundial de Saúde tem debatido a utilização de medicamentos sem registro para combater o surto.

A questão gera polêmica, sobretudo pelo ponto de vista ético. Por um lado nos defrontamos com a morte de mais de 1300 pessoas somente na Africa desde o início da epidemia. Por outro, os promissores resultados que apresentaram nos dois norte-americanos submetidos ao tratamento com o protótipo, e a morte do padre espanhol submetido, ao que tudo indica, ao mesmo tratamento.


Além da polêmica ética, de se utilizar ou não medicamentos sem registro, (sabe-se que muitos morrem de ebola sem ter ebola) a falta de acesso às mínimas condições de higiene, falta de água potável, de materiais descartáveis, de profissionais de saúde e hospitais, levam muitos a se infectarem por qualquer coisa e apresentarem os mesmo sintomas de ebola. Na falta de possibilidades de diagnóstico e tratamento para todos, muitos são simplesmente isolados. Com isso, nasce também a polêmica do que vale mais a pena? Investir em infraestrutura e educação para prevenir futuras epidemias? Ou desenvolver um medicamento que trate a doença, deixando esgoto a céu aberto e hospitais fechados como vem ocorrendo, ou seja, de investir em prevençao?

Esta é uma complexa questao que muitas vezes se deparam governantes e empresários, no intuito de encontrar a soluçao para um problema delicado, influenciado também por interesses políticos, econômicos e socio-culturais.


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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Primeira vacina contra dengue pode ser lançada em 2015

Estima-se que de 50.000.000 a 100.000.000 de pessoas por ano contraem dengue. A doença, pode causar altas temperaturas e intensa dor nas articulações e músculos. Nos casos mais graves, a infecção provoca a febre hemorrágica, caracterizada por sangramento, levando ao quadro de choque, que pode ser fatal.

O número de casos de dengue vem aumentando rapidamente em todo o mundo, em parte por causa da urbanização, já que o mosquito transmissor da doença está bem adaptado a zonas urbanas. A dengue já não é mais uma doença restrita às zonas tropicais, nos países em desenvolvimento, está migrando para os países industrializados em zonas mais temperadas.

Uma vacina experimental contra a dengue que vem sendo desenvolvida pela Sanofi (uma empresa farmacêutica francesa) revelou ser cerca de 60% eficaz em seu segundo grande ensaio clínico, envolvendo 20.875 crianças com idades entre 9 a 16 de vários países da América Latina e do Caribe. Os resultados podem abrir caminho para a primeira campanha do mundo contra a doença, que tem se tornando uma ameaça crescente.

A vacina é um vírus de febre amarela, enfraquecido, que é geneticamente modificado para produzir proteínas a partir dos quatro subtipos de vírus de dengue. O esquema de vacinação é dividido em três doses ao longo de um ano.

O estudo revelou que a vacina foi mais eficaz em pessoas previamente expostas à dengue. Aqueles que receberam a vacina também tiveram um risco 80,3 por cento menor de serem hospitalizadas por dengue em comparação com as crianças que receberam injeções de placebo.

Há previsão de o processo para aprovação da comercialização da vacina começar no primeiro trimestre de 2015 e que já esteja a venda no quarto trimestre do mesmo ano. Os países prioritários seriam México, Brasil e Colômbia e, possivelmente, Singapura e Malásia.

A Sanofi anunciou os resultados em um comunicado à imprensa, dizendo que mais detalhes seriam apresentados em uma conferência médica em novembro e publicado em uma revista. Os testes clínicos ocorreram no Brasil, Colômbia, Honduras, México e Porto Rico.



Fonte: nytimes
Foto: MUHAMMED MUHEISEN / ASSOCIATED PRESS


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