Os anti-inflamatórios não esteroides(AINES) atuam pela inibição da enzima ciclooxigenasa (COX 1 e COX 2) que
influenciam na síntese de prostaglandinas. Estas, participam nas respostas inflamatórias
ao estimular as terminações nervosas da dor.
A inibição da COX-2 é a responsável pelas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas.
A inibição da COX-1 é a responsável por
provocar os efeitos indesejáveis em nível gastrointestinal.
Existem no mercado apresentações que
inibem ambas as enzimas- que são as mais vendidas- e outras que são seletivas
para a COX-2, evitando assim os indesejáveis efeitos gástricos.
Em teoria, nenhuma das apresentações
deveria ser vendida sem prescrição médica, entretanto, não é isso o que se
observa na prática farmacêutica no Brasil.
São indicados para o alívio da dor aguda
– dor de dente, musculares- e dor crônica- principalmente em paciente idosos
portadores de alguma enfermidade concomitante como pode ser a osteoartrite ou artrite reumatóide.
O sintoma da dor aguda leva muitos
pacientes diretamente à farmácia, pela facilidade e rapidez de acesso ao invés
de irem ao médico. A maioria dos casos pode ser devidamente orientado pelo farmacêutico,
seja indicando um medicamento para o alívio imediato, seja derivando ao médico
ou dentista quando pertinente.
Por serem vendidos livremente em farmácias,
o consumo de AINEs é muito elevado e vem aumentado desregradamente ao longo dos
anos. Princípios ativos como o ibuprofeno estão entre os mais vendidos sem prescrição.
O fato de ser um grupo de medicamentos tão
difundido e utilizado, tanto como indicação na farmácia, como automedicação,
sobretudo em pacientes idosos, é extremamente importante uma dispensação com
critérios de atenção farmacêutica.
Isso porque pacientes idosos, muitas
vezes, fazem uso de mais de um medicamento de forma contínua, e este é o
principal grupo a que se deve ter atenção. Os principais pontos a que se deve
levar em conta são:
- distúrbios gastrointestinais: idosos acima de 60 anos, pessoas com antecedentes de ulcera péptica e hemorragias no tubo digestivo, uso concomitante de corticoides ou anticoagulantes orais;
- pressão arterial (já que provocam um aumento de 5 mm de Hg, mais significativo em pacientes hipertensos em tratamento-possíveis interações);
Através da farmácia podemos orientar de
forma efetiva o paciente que ali acude – entre outras ações, com o estudo das prescrições
do paciente poli medicado, analisando fatores como a idade do paciente, intensidade
e período do aparecimento da molestia- assim, auxiliá-lo no manejo da dor.
Também importante avaliar quando derivar este paciente ao médico/dentista. Acima
de tudo com intuito de que se crie um vínculo de confiança entre profissional
de saúde/paciente.
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