segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Como utilizar o Paracetamol? Chaves para o êxito terapêutico

Depois de um dia cansativo de trabalho, você chega em casa, e tudo o que mais quer é sentar-se no sofá e desfrutar da sua tv, brincar com seu filho, ou nada além de descansar a mente. Muitas pessoas não conseguem, simplesmente porque estão com uma dor de cabeça terrível, uma dor de dente ou muscular, que naquele dia está insuportável.
Procuramos por remédios que temos em casa e, diante de uma infinidade de cartelas sem terminar, não sabemos qual escolher e nem como devemos tomá-los.
Um dos medicamentos que a grande maioria das pessoas tem presente em sua caixinha de primeiros auxílios é o paracetamol. Tomado da maneira correta, e na dosagem adequada pode transformar o seu dia.

Mas, você sabe como tirar o maior proveito deste coringa? Abaixo estão relacionadas as questões chave para o seu uso correto:

Para que serve?
É um Analgésico para tratar a dor.

Em que quantidade devo tomar?
Entre 300 mg e 600 mg, cada 4-6 horas.

Quando se deve tomar?
Deve-se administrar o quanto antes, assim que notar o surgimento da dor, repetindo a toma a cada 4 ou 6 horas.

Como tenho que tomar?
Administra-se por via oral, engolido com agua, como ou sem alimentos, a pesar de que os alimentos podem desacelerar a absorção porque diminuem a motilidade gastrointestinal.

Durante quanto tempo se deve tomar?
Enquanto exista dor ou até que se faça uma revisão do tratamento com seu médico ou farmacêutico.

Contraindicações
Hipersensibilidade ao paracetamol
Doenças hepáticas

Precauções
As precauções a se considerar na administração do paracetamol são:
  • Naqueles pacientes que tomem habitualmente álcool, a dose máxima não deveria ultrapassar os 2g de paracetamol ao dia.
  • Nas mulheres grávidas, o paracetamol é o analgésico de escolha, sempre que se tome em dose terapêutica e durante curtos períodos.
  • Para poder oferecer uma boa informação aos pacientes, é importante ter em conta aquelas formas farmacêuticas que contenham sódio e/ou sacarose de forma a evitá-las em pacientes hipertensos e/ou diabéticos, respectivamente.
  • As doses diárias superiores a 4 g são hepatotóxicas.
  • Em caso de doença renal crónica não é necessário ajustar a dose, mas se recomenda aumentar o intervalo de administração.
  • Os pacientes que sofrem doença hepática crônica poderiam utilizar as doses terapêuticas unicamente se o quadro está estabilizado.

Efeitos Adversos
Os efeitos adversos que se podem observar com o uso do paracetamol são raros e normalmente leves. Entretanto, deve-se ter em conta que a possível aparição de efeitos está descrita:
  • Cardiovasculares: hipotensão
  • Dermatológicos: erupções cutáneas
  • Endocrinológicos: secreção alterada do hormônio antidiurético e hipoglicemia
  • Gastrointestinais
  • Hematológicos: anemia
  • Hepáticos: cirrose e insuficiência hepática em alcoólicos
  • Imunológicos: reações anafiláticas
  • Renais: insuficiência renal em alcoólicos
  • Respiratórios: asma

Sobre a intoxicação por paracetamol, deve-se recordar que é suficiente uma única dose de mais de 6g em um adulto ou uma ingestão crónica de doses diárias de mais de 4g. Durante as primeiras 24 horas, a intoxicação pode ser assintomática ou produzir enjoo, vômitos e mal estar geral. A partir das 24 horas se produz dano hepático; no terceiro ou quarto dia se alcança dano hepático máximo e aparece insuficiência hepática fulminante, encefalopatia, coma e morte. O antídoto é a N-acetilcisteina administrada IV e é básico iniciar este tratamento de maneira imediata. Não deve tardar mais de 8-10 horas desde a ingestão massiva de paracetamol, já que, depois deste período, o efeito protetor da acetilcisteína se reduz a praticamente nulo a partir das 15 horas.

Interações
As interações mais destacadas são aquelas que podem contribuir para o aumento da hepatotoxicidade, sendo as mais relevantes a ingestão conjunta com:
  • Anticonvulsivantes
  • Isoniazida
  • Zidovudina
  • Álcool
É importante recordar que doses diárias de mais de 2 g de paracetamol durante longos períodos de tempo podem contribuir para um aumento do efeito dos anticoagulantes.

Com estas bases para o uso correto e consciente do paracetamol tenho certeza de que os momentos de dor e mal estar estão com seus dias contados!

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