segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Metformina e o risco de deficiência de vitamina B12

A metformina se configura como a principal droga no tratamento do Diabetes tipo 2 e que vem demonstrando desempenhar função importante no tratamento de outras morbidades por sua eficiência clínica, poucos efeitos adversos, contraindicações, boa segurança, baixo custo e disponível no SUS para os pacientes que tem indicação.

Os efeitos adversos mais comuns da metformina ocorrem no aparelho gastrintestinal. E hoje falaremos de um dos efeitos adversos que nem sempre são enfatizados junto ao paciente e que merece especial atenção: a deficiência dos níveis de vitamina B12 e ácido fólico.

Tem sido demonstrada a relação do tratamento a longo prazo com metformina e o aumento do risco de deficiência de vitamina B12, resultando em aumento nas concentrações de homocisteína.



Em pacientes com riscos para doenças cardiovasculares, o aumento da homocisteína pode implicar em maior probabilidade de danos ao revestimento endotelial das artérias e de formação de trombos. Os fatores genéticos e uma dieta pobre em ácido fólico, vitamina B6 e B12 estão associados a níveis elevados de homocisteína.

Comparado ao placebo, o tratamento com metformina associou-se a um decréscimo nas concentrações de vitamina B12 de -19%; nas concentrações de folato de -5% e um aumento nas concentrações de homocisteína de 5%1.

A deficiência das vitaminas do complexo B reduz a homocisteína circulante. Porém este quadro pode ser evitado com dieta e/ou suplementação vitamínica.

Dessa forma, recomenda-se fortemente a realização de dosagens regulares dos níveis de vitamina B12 durante o tratamento prolongado com metformina.

Assim, seu médico poderá recomendar a melhor conduta, e você poderá beneficiar-se dos efeitos terapêuticos da metformina.



1.Long term treatment with metformin in patients with type 2 diabetes and risk of vitamin B-12 deficiency: randomised placebo controlled trial. BMJ. 2010 May 20;340:c2181.
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Síndrome dos Ovários Policísticos Nova abordagem terapêutica

No último domingo o programa Fantástico exibiu uma reportagem sobre a síndrome dos ovários policísticos (SOPC). Atualmente já existem alguns tratamentos que não foram abordados na matéria.



A síndrome do ovário policístico (SOPC) é o nome dado a uma condição na qual as mulheres com ovários policísticos apresentam um ou mais sintomas adicionais.

Nem todas as mulheres com ovários policísticos apresentam a SOPC, mas todas as mulheres com SOPC tem ovários policísticos. O ovário policístico é um sinal e não uma doença.

Diagnóstico
Obviamente o diagnóstico deve ser feito pelo médico. E, segundo a OMS, o diagnostico deve se basear não só em sinais histoanatômicos, mas também em análises laboratoriais com dosagem de hormônios para descartar a presença de outros quadros patológicos que também apresentam os mesmos sintomas: acne na fase adulta, obesidade, dificuldade para engravidar, resistência à insulina.

Uma forte indicação de SOP é a relação entre hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH) ser maior do que 2. Esses dois hormônios "reprodutivos" influenciam no desenvolvimento do folículo e na regulação do momento da ovulação.

Outro dado importante é a resistência periférica à insulina muitas vezes presentes em mulheres com a síndrome. Estudos mostraram que há uma deficiência de Inositol em mulheres que não ovulam. O Inositol, é utilizado para formar compostos (segundos mensageiros) que a célula necessita para regular diferentes funções enviadas por hormônios, como a insulina.

Tratamento
Um tratamento que vem tendo muito êxito no mercado europeu é a reposição de Inositol para aquelas diagnosticadas com a síndrome e que querem engravidar. Uma associação de Inositol e Ácido fólico (2000 mg Inositol / 200 µg Ácido fólico), vitaminas do grupo B, que melhora as alterações hormonais e metabólicas, regula os ciclos menstruais e melhora a fertilidade.

Não há um tratamento definitivo da SOP e portanto há diferentes abordagens terapêuticas com base nos sintomas e o período de reprodução das mulheres (com ou sem o desejo de gestação).

O enfoque em um complemento alimentício que restabeleça os níveis adequados de Inositol no organismo, parece trazer resultados satisfatórios com o mínimo de efeitos adversos.



Vale a pena perguntar ao seu médico!
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pâncreas Artificial

Em Setembro deste ano, foi aprovado pelo FDA o primeiro pâncreas artificial nos EUA. Há muitos anos cientistas vêm pesquisando uma maneira de automatizar a administração de insulina à pacientes diabéticos.

O aparelho, MiniMed®, foi desenhado para a liberação de insulina e monitoramento contínuo dos níveis de glicose para um melhor controle da diabetes mellitus em pacientes acima de 16 anos.

MiniMed® promete cortar automaticamente a provisão de insulina quando os níveis de açúcar no sangue estão baixos, até mesmo quando a pessoa está dormindo ou é incapaz de reagir, a bomba desliga durante 2 horas. Através de um sensor, os níveis de glicose nunca atingem níveis extremos.

O sistema não está desenhado para prevenir ou tratar a hipoglicemia, senão para cortar a emissão de insulina quando o paciente não é capaz de responder ao alarme emitido pelo aparelho. Por isso, é importante continuar com as demais ações de controle, principalmente a dieta balanceada, para prevenir os picos de hipoglicemia.

A insulina utilizada no aparelho é a de ação rápida, desta forma, caso ocorra alguma interrupção no fornecimento de insulina ao organismo, que não seja desejada, o paciente deve estar preparado para contornar esta situação.

Segundo a fabricante, a bomba de insulina não está indicada para pacientes que não estejam aptos a fazer 4 testes de glicemia por dia, que não tenham constante contato com seu médico e para aqueles que tenham alguma deficiência de visão ou audição que os impeçam de reconhecer os sinais emitidos pelo aparelho.



A bomba de infusão de insulina e demais componentes do sistema são vendidos com prescrição e acompanhamento médico.
Esta informação não tem a intenção de substituir uma consulta com o médico especialista.
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sabões antibacterianos são melhores do que sabonetes comuns?

De uns anos pra cá surgiram no mercado vários produtos de uso diário, como sabonete e pasta de dentes, contendo substâncias antibacterianas. Os produtos químicos foram usados ​​originalmente por cirurgiões para lavar as mãos antes das operações, e a oferta desses produtos se tornou corriqueira em supermercados e farmácias sendo, atualmente, acessível para o público em geral.

Muitos experts no assunto sempre argumentaram a real eficácia deste componente nas formulações, alegando que poderiam causar alterações hormonais em crianças, aumentar o risco de infecções resistentes à antibióticos, entre outras coisas.

Já os produtores, alegam que há muitos anos estes componentes, presentes nos sabonetes e pastas de dentes, vem se mostrado seguras.



O fato é que na última segunda-feira o F.D.A. (Food and Drug Administration) exigiu que os fabricantes de sabão demonstrassem sua segurança.

Estudos em animais demonstraram que os produtos químicos, triclosan em sabonetes líquidos e triclocarban em sabonetes em barra, podem atrapalhar o desenvolvimento normal do sistema reprodutivo e no metabolismo, e especialistas em saúde alertam que os seus efeitos podem ser os mesmos em seres humanos.

O F.D.A. relatou que a informação científica acumulada foi a causa que levou à solicitação de re-avaliação se estes produtos químicos são seguros quando usados ​​durante longo período de tempo. A agência também disse que não havia nenhuma evidência de que as substâncias eram mais eficazes na prevenção de infecção do que simplesmente água e sabão.

O Dr. Rolf Halden, diretor do Centro de Segurança Ambiental da Universidade Estadual do Arizona, que vem acompanhando esta questão por anos, compara o triclosan e triclocarban a interferentes em uma ligação telefônica, na qual a mensagem final é entregue para o corpo de forma equivocada. Ele disse que a conscientização dos riscos raramente vai além de um círculo restrito de especialistas em saúde pública:

"Estes produtos químicos interferem com a regulação do corpo humano", disse ele, citando estudos em animais. Os produtos químicos se acumulam no lençol freático e do solo, e em um estudo de leite materno humano foram encontrados os produtos químicos no leite de 97 por cento das mulheres testadas, disse ele. "A coisa mais fascinante é que o público não tomou conhecimento da questão."

Fonte:
Adaptado da impressão de 17 de Dezembro de 2013, pág. A21 da edição do The New York Times: FDA Questões de segurança de Sabonetes antibacterianos.
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Qual a diferença entre Diclofenaco de Sódio, Potássico e Diclofenaco Colestiramina?

O Diclofenaco é um medicamento anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com ação antirreumática, antipirética (antitérmica) e analgésica. Usado como adjuvante em processo infecciosos acompanhados de dor e inflamação de ouvido, nariz ou garganta.

Mas, qual a diferença entre as três opções presentes no mercado?



Diclofenaco de Sódio X Diclofenaco de Potássio

O Diclofenaco de Sódio e de Potássio são similares em dose, farmacodinâmica (mecanismo de ação) e farmacocinética (velocidade de ação). O que pode ser considerado como a maior diferença entre eles é a forma farmacêutica, ou seja, a tecnologia com a qual os comprimidos são produzidos.

Alterações na forma farmacêutica podem fazer com que um comprimido tenha liberação imediata (efeito rápido) ou liberação prolongada (efeito de longa duração). A dose e o esquema posológico, portanto, se diferem devido à forma farmacêutica e não ao fato de um ser de Sódio e outro de Potássio.

Diclofenaco Colestiramina

A colestiramina é uma resina de troca iônica que permite a liberação do fármaco por tempo mais prolongado (em média 12h). O complexo Diclofenaco + Colestiramina, proporciona início de ação mais rápido e de longa duração quando comparado com os comprimidos de Diclofenaco de Sódio ou de Potássio. Isso facilita, por exemplo, no esquema posológico de um paciente crônico que poderá se beneficiar de menos tomas ao dia.

Qual deles é melhor para pacientes hipertensos?

Segundo estudos clínicos1,2, qualquer AINE pode elevar a pressão arterial, especialmente em paciente hipertensos3. Portanto, tanto o Diclofenaco de Sódio quanto o Potássico podem interferir na pressão arterial. Essa interferência não se deve ao fato de um ser de Sódio e outro de Potássio, senão ao fato de ambos serem anti-inflamatórios, e todos os AINE apresentam algum risco para a saúde cardiovascular.


“DICLOFENACO (qualquer sal) independente da forma farmacêutica, é CONTRA-INDICADO em crianças menores de 14 anos, exceto em caso de artrite juvenil crônica.

"NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE."

1. Pope JE, Anderson JJ, Felson DT. A meta-analysis of the effects of nonsteroidal anti-inflammatory drugs on blood pressure. Arch Intern Med. 1993; 153: 477-84. PubMed ID: 8435027
2. Jonhson AG, Nguyen TV, Day RO. Do nonsteroidal anti-inflammatory drugs on affect blood pressure? A meta-analysis. Ann Intern Med. 1994; 121 (4): 289-300. PubMed ID: 8037411
3.Batlouni M. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs: cardiovascular, cerebrovascularrenal effects. Arq. Bras. Cardiol. 2010 Apr. 94(4).
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Conheça o caminho que um medicamento percorre até chegar nas prateleiras


Há alguns meses houve uma verdadeira avalanche de mensagens nas redes sociais sobre testes de medicamentos e maus tratos em animais, com imagens fortes que chocaram a muita gente.

O que muita gente não sabe é que, para que sejam verificadas toxicidade, eficácia, segurança e relação risco/benefício, o medicamento, obrigatoriamente, tem que passar por testes em animais e em humanos. Porém, existe todo um protocolo de Boas Práticas e Ética que regulam todas as etapas.

É um processo longo, que dura em média de 10 a 15 anos. E nem mesmo com os altos custos (estima-se que mais de 1 bilhão de dólares) é garantido que esse medicamento chegue às prateleiras.

Os estudos são divididos em Pré-Clínicos e Clínicos:

Fase Pré-Clínica: determinam a segurança e eficácia biológica. O produto é observado in vitro e testado em animais, determinam a segurança e eficácia biológica antes de serem testados em humanos.
Fase Clínica: Após os estudos pré-clínicos estarem completos, a indústria solicita à ANVISA uma autorização para testes do novo medicamento em seres humanos.



Fase Pré-Clínica
Fase em que o produto é observado in vitro e testado em animais.
A avaliação toxicológica pré-clínica de uma nova droga passa por quatro estágios, dependendo do tempo de exposição:
  • Toxicidade aguda: uma ou mais doses durante 24 horas;
  • Toxicidade de doses repetidas: administração repetida durante, no mínimo, 14 dias; obtenção de informações sobre os efeitos tóxicos, identificação de órgãos alvos, efeitos na fisiologia do animal, hematológicas, bioquímicas, anátomo e histopatológicas, além de informações sobre a indicação de dose;
  • Toxicidade sub-crônica: ampliam o período de exposição a droga para 30 dias ou mais;
  • Toxicidade crônica: quando a droga é avaliada por um período mínimo de 90 dias, com a mesma via de administração preconizada para humanos, por no mínimo 24 semanas, é possível obter informações sobre a toxicidade crônica.


Fases Clínicas
Fase em que o produto é observado em humanos.
  • Fase I (Segurança)
É a 1ª etapa de estudo de um novo princípio ativo em humanos, em geral saudáveis, realizada em pequenos grupos de pessoas voluntárias (20 a 100). Estas fase é necessária para uma avaliação preliminar da segurança, perfil farmacocinético e farmacodinâmico.
  • Fase II (Segurança e Eficácia)
São os primeiros estudos em pacientes para demonstrar a efetividade potencial da medicação, ou seja, a sua atividade. Nesta etapa é avaliada a relação dose-resposta e segurança a curto prazo em pacientes (100-300) já acometidos por uma enfermidade.
  • Fase III (Segurança e Eficácia Controlada)
São grandes estudos (1000 a 3000 pacientes), realizados em múltiplos centros de pesquisa, com diferentes etnias populacionais, para demonstrar a eficácia e segurança a curto e longo prazo e de maneira geral, o valor terapêutico relativo.
Concluída esta etapa, a empresa responsável, envia um relatório à ANVISA solicitando o registro para comercialização do medicamento. A aprovação do produto não é imediata e pode levar até dois anos!
  • Fase IV (Estudos pós- comercialização)
São pesquisas realizadas depois de comercializado o produto. Verifica-se o surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação da frequência de surgimento das já conhecidas, e as estratégias de tratamento.

Nesta última fase, a participação de todos os usuários do medicamento em questão é essencial. Todos nós, consumidores, podemos e devemos notificar os eventos e reações adversas através do NOTIVISA ou solicitar que seu profissional de saúde o faça.


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Queda de cabelo, cansaço e sono além do normal?

Queda de cabelo, cansaço e sono além do normal? Se os sintomas forem acompanhados de: fadiga generalizada, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas, palma da mãos), falta de apetite e de disposição, por muitos dias, pode ser sinal de anemia por falta de ferro (anemia ferropriva).

Como a anemia apresenta sintomas muito inespecíficos, a detecção da deficiência é feita através de exames de sangue, uma vez que a falta de avaliação pode mascarar uma outra doença.

As anemias podem ser causadas por deficiência de Ferro, Zinco, Vitamina B12 e proteínas. Porém, a anemia por deficiência de ferro é muito mais comum que as demais, estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro.

A anemia ferropriva pode ter três origens: fatores fisiológicos (gravidez, lactação); fatores nutricionais; e fatores patológicos (vermes e outras doenças que alteram a absorção do ferro). 

Mas como atua o ferro em nosso organismo?

O ferro é um dos principais constituintes da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidosUm adulto normal necessita de 3 g a 4 g de ferro (45 mg/kg de peso corporal)1. Desse total, 50 a 75% estão ligados à hemoglobina (glóbulos vermelhos) e são gastos principalmente com a oxigenação dos tecidos. Parte do ferro é reciclada diariamente a partir de glóbulos vermelhos velhos, através de um sistema que o remove da circulação, fazendo com que ele retorne à medula óssea, onde são armazenados para o início de um novo processo de produção. A dieta, juntamente com esta “reciclagem”, compõem a quantidade total de ferro no organismo.
Quando gastamos mais ferro do que ingerimos ou reciclamos, temos a deficiência de ferro1,2.

Esta deficiência pode ser suprida com uma dieta enriquecida ou com compostos de ferro, dependendo da avaliação médica.

O Ferro pode ser fornecido ao organismo por alimentos de origem animal e vegetal:


O ferro de origem animal é melhor aproveitado pelo organismo. São melhores fontes de ferro as carnes vermelhas, principalmente fígado de qualquer animal e outras vísceras (miúdos), como rim e coração; carnes de aves e de peixes, mariscos crus. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o leite e o ovo não são fontes importantes de Ferro.

Entre os alimentos de origem vegetal, destacam-se como fonte de ferro os folhosos verde-escuros (exceto espinafre), como agrião, couve, cheiro-verde, taioba; as leguminosas (feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha); grãos integrais ou enriquecidos; nozes e castanhas, melado de cana, rapadura, açúcar mascavo.

Nos casos em que a ingestão de compostos de ferro é indicada, a OMS recomenda que, para adultos diagnosticados com anemia ferropriva, a dosagem seja de 120 mg de ferro/dia durante três meses. Para crianças, a recomendação é de 3mg/kg/dia, não podendo ser superior a 60 mg/dia 3.

Existem no mercado três opções de compostos de ferro:
  • sais ferrosos (sulfato ferroso, fumarato ferroso e gluconato ferroso);
  • sais aminoquelados (bisglicinato, trisglicinato férrico e glicina-sulfato ferroso);
  • ferripolimaltose.

Não há evidencia de superioridade entre os medicamentos usados por via oral. Todos eles conseguem normalização da taxa de hemoglobina entre 8 a 13 semanas de tratamento.
O que é discrepante são os preços entre um e outro. Fique atento pra não levar gato por lebre! ;)



Fonte:
1. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000300011&lng=pt&nrm=iso

3.WHO. Iron deficiency anaemia: assessment prevention and control: a guide for program managers. 1 ed. Geneva: WHO; 2001.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Glaucoma, uma doença silenciosa

O glaucoma é uma doença relacionada à pressão ocular alta, causada pela lesão do nervo óptico, podendo ser crônico ou agudo.

Quando agudo, se dá porque a pressão interna do olho torna-se extremamente alta e causa perda súbita e grave da visão. Quando crônico é caracterizado pela perda da visão periférica (visão que permite perceber objetos ao nosso redor), devido à lesão das fibras dos nervos que se originam na retina e formam o nervo óptico.

Pode-se manifestar desde de dor súbita e vermelhidão, até mesmo não ter sintomas nenhum. Por isso a importância de visitar seu oftalmologista regularmente.

A perda progressiva do campo de visão pode causar grandes dificuldades para perceber objetos a sua volta e também acometer a visão central podendo chegar ao ponto de perda total da visão quando não controlado.

Os diversos tipos de glaucoma representam a segunda causa de cegueira no mundo1 e a terceira no Brasil.2 Em todo o mundo, estima-se que 66,8 milhões de pessoas têm glaucoma, e a maioria nem sequer estão cientes disso. Esse número está previsto para crescer além de 80 milhões em 2020.

A detecção precoce de novos casos é a chave para impedir a perda visual, que é irreversível.

Os tratamentos farmacológicos mais usados na redução da pressão intra-ocular são os tópicos, na forma de colírio. As principais classes de medicamento utilizadas são3:
  • Betabloqueadores: a pressão dentro do olho é reduzida pela diminuição da produção do humor aquoso (líquido no interior do olho);
  • Agentes Colinérgicos: Provoca miose através da contração do esfíncter da íris. A contração do músculo ciliar aparentemente abre os espaços intertrabeculares e facilita o efluxo do humor aquoso;
  • Agonistas Adrenérgicos: apresenta duplo mecanismo de ação, agindo através da redução da produçao do humor aquoso e do aumento do fluxo uveoscleral;
  • Inibidores da anidrase carbônica: A inibição da anidrase carbônica nos processos ciliares do olho diminui a secreção do humor aquoso. O resultado é uma redução da pressão intra-ocular (PIO);
  • Análogos da prostaglandina: reduz a pressão intraocular aumentando a drenagem do humor aquoso (principalmente através da via uveoescleral e também da malha trabecular);
  • Associaçoes medicamentosas: existem diversos colírios contendo associações de drogas e associações medicamentosas utilizando-se dois ou mais colírios.
Os análogos da prostaglandina são considerados atualmente os medicamentos de primeira linha para o tratamento do glaucoma, devido ao seu forte efeito hipotensor e comodidade posológica, já que são usados uma vez ao dia. A escolha da droga ou associação dependerá das características clínicas de cada caso, baseado na eficácia terapêutica, na segurança e no custo dos medicamentos.

Já existem disponíveis medicamentos genéricos para algumas das classes de medicamentos utilizados no tratamento do glaucoma: betabloqueadores, inibidores da anidrase carbônica para uso tópico e agonistas adrenérgicos.

O banco de dados com as bulas dos medicamentos disponíveis no Brasil pode ser acessado a partir do bulário eletrônico, aqui (ou na barra de links à direita), tanto por profissionais da saúde como pela população em geral, inclusive portadores de deficiência visual, para se obterem informações contidas nos textos de bula dos medicamentos registrados e comercializados no Brasil.

Fonte:
1. Causas mundiais de cegueira como uma porcentagem de cegueira total (Relatório da OMS 2002)
2. FORNECIMENTO DE COLÍRIOS PARA O TRATAMENTO DE GLAUCOMA NO SUS-MINISTÉRIO DA SAÚDE
3. Allingham RR, Damji KF, Freedman S, Moroi SE, Shafranov G, Shields MB. Tratado de glaucoma.


Causas mundiais de cegueira como uma porcentagem de cegueira total (Relatório da OMS 2002)
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sábado, 7 de dezembro de 2013

Eyes-On Glasses: Ajuda a visualizar veias e posicionar a agulha

O velho problema da enfermeira, que não encontra a veia ao coletar sangue na hora do exame, já está com os dias contados. Eyes-On Glasses desenvolvido pela empresa americana +Evena Medical permite ao usuário localizar e exibir as veias dos pacientes em tempo real, uma enfermeira poderá ver uma imagem das veias do paciente, processadas pela câmara, sobre a sua pele.

A tecnologia de processamento de imagem multiespectral coleta imagens em três dimensões, o aparelho pode diferenciar frequências de infravermelho que identificam a quantidade de oxigênio do sangue para identificar a veia.

"Os estudos mostram que 40% das terapias intravenosas, ao início, requerem várias tentativas para detectar e aceder a uma veia, o que não só desperdiça tempo de enfermagem mas também atrasa a terapia e causa ao paciente desconforto e insatisfação", de acordo com Frank Ball, presidente e director-executivo da Evena.

A previsão de chegada no mercado brasileiro está prevista para o primeiro trimestre de 2014.



Assim concluímos a semana sobre os novos gadgets em saúde!



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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Fotoproteção

A estação mais esperada do ano está chegando, e já podemos sentir as altas temperaturas em muitas das cidades brasileiras. É bem verdade que em algumas regiões brasileiras o verão parece estar presente durante todo o ano, e nestas condições o cuidado deve ser dobrado!

Com a incidência dos raios ultravioletas cada vez mais intensa em todo o planeta, é de extrema importância que estejamos atentos às orientações da Sociedade Brasileira de Dermatologia:

• Usar chapéus, camisetas e protetores solares.

• Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).

• Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

• Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

• Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

• Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

• Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses. 

Para ajudar-nos nessa difícil tarefa de lembrar a hora certa de reaplicar o filtro solar, bem como qual fator de proteção escolher em determinado dia, venho compartilhar com vocês dois aplicativos gratuitos que me pareceram muito úteis:

O primeiro é o Aplicabloq, do Instituto de Aprendizagem Interativa, que oferece serviços como previsões de temperatura e radiações UV locais, dicas sobre fotoproteção e radiação UV. Nele também você pode configurar sua localização e permite opção de alerta dos índices de radiação UV.

O segundo é da +Beiersdorf  Nivea: Sun Guide, cujos pontos relevantes são a opção de poder criar seu próprio perfil, incluindo seu tipo de pele, localização e a época do ano. A partir deste dados, o aplicativo te dá sugestões de quais produtos da marca estariam indicados para você. Parece uma boa opção já que muitas vezes ficamos perdidos com tantos tipos de apresentações no mercado.

Obviamente, todos eles promovem suas marcas mas acredito que podemos tirar grande vantagem destes aplicativos no combate ao câncer de pele. Não custa nada experimentar os app´s e depois utilizar seu produto de preferido!


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