A população jovem é sempre associada à saúde
e vitalidade. Realmente, é uma fase em que damos o máximo no trabalho, nos
estudos e também na vida social. Porém a realidade da população ativa ultimamente
tem se modificado. O acúmulo de atividades estressantes, o dia-a-dia corrido e
a sensação de que somos capazes de fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, está
levando o jovem a um esgotamento fisiológico.
Uma das doenças da modernidade, que não é
exclusiva desse grupo da população, mas que tem apresentado número de casos cada
vez mais crescentes, é a Síndrome do Intestino Irritável (SII).
Vamos conhecer um pouco mais dessa
patologia e seus sintomas. Talvez comece aqui a solução para os sintomas que
antes você achava não ter relação!
O que é a SII?
É um transtorno digestivo de natureza crônico
e extremamente prevalente, 15-20% da população de todo o mundo na sociedade
ocidental. Associa a presença de dor abdominal e alterações na defecação: diarreia
ou prisão de ventre juntamente com dor.
Como dito ao princípio, afeta
principalmente a população jovem, e é ainda mais dominante em mulheres.
A SII normalmente vem associada a outros
fatores como:
- Stress;
- Infecções gastrointestinais: quando a pessoa tem uma predisposição o risco de desenvolver a SII pode aumentar;
- Fatores genéticos;
- Hábitos alimentares;
- Alergias alimentares.
Como a SII se desenvolve?
As morbidades relacionadas acima, quando
não tratadas de forma adequada, desencadeiam um processo de micro inflamação nas
células da mucosa intestinal com alteração da flora bacteriana, que exerce um
importante papel na correta fisiologia da digestão. Ao microscópio, observam-se
mastócitos hiperativos na flora intestinal destes pacientes o que indica a existencia de uma alteraçao patológica.
Diagnóstico e tratamento:
O diagnóstico se baseia em sintomas
incomuns, como pode ser a dor ao defecar, ou a dor abdominal associada à constipação
intestinal, e o tratamento é bem amplo: não existe um fármaco específico para a
SII.
Devido à estes fatores o paciente tem um
tratamento ineficiente e resultados muitas vezes reduzido, levando à uma baixa
qualidade de vida.
Por tratar-se de uma síndrome funcional
o tratamento baseia-se em tratar o sintoma mais evidente, seja ele a diarreia ou
a constipação intestinal:
- A primeira modificação que deve ser instaurada é uma reeducação dietética. É importante conhecer a existência de alergias alimentarias que muitas vezes estão associadas ao desencadeamento da SII;
- Terapias alternativas como fitoterápicos, acupuntura, não tem seu uso devidamente comprovado para a SII, apesar de existir uma infinidade de preparados de plantas com efeitos paliativos sobre alguns sintomas;
- Espasmolíticos: são fármacos como boa opção para o tratamento da dor, apesar de não ser uma solução definitiva para o paciente;
- Loperamida: com uso sintomático;
- Fármacos moduladores da fisiologia seletiva (agonistas e antagonistas da serotonina) intestinal como Alosetron, Tegaserod; têm sido relacionado à bons resultados.
- Anti-depressivos tricíclicos, inibidores da receptação de serotonina: tratamento a longo prazo (mín. 6 meses).
- Complementarmente, estão disponíveis nas farmácias preparados com pro e prebioticos que regulam a flora intestinal, trazendo mais conforto e regularidade ao processo digestivo.
Ao tratar-se de uma síndrome
que engloba fatores psicossociais o melhor a fazer é reavaliar que estilo de
vida você está levando e diante de qualquer suspeita consulte sempre seu médico
de confiança para que te indique o melhor tratamento!
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