A dismenorreia ou cólica menstrual é um tipo de dor muito
frequente do dia-a-dia da mulher, e que está atrelado a um importante índice de automedicação.
O farmacêutico pode ter um papel chave na abordagem desta doença e na derivação
do paciente ao médico.
Durante a menstruaçao, ou alguns dias
antes, normalmente 48 horas antes, o útero se prepara para a liberação do fluxo
menstrual. A dor ou dismenorreia, consiste de dores do tipo cólicas devido à contração
exagerada da musculatura uterina, causada por uma quantidade excessiva ou
desequilibrada de Eicosanóides.
Otra causa sao os hormonios
hipofisarios, vasopresina e oxitocina. Em estudos, mostrou-se que a vasopresina
estimula a atividade uterina e reduz o fluxo sanguíneo e a falta de oxigênio gera
a dor.
Costumam ser mais dolorosas no primeiro
e segundo dia do ciclo, quando o fluxo é mais abundante.
A dor se foca geralmente na área acima
do púbis, mas pode irradiar-se a outros pontos como:
- Zona glútea
- Regiao anterior da coxa e o dorso das pernas
- Parte inferior das costas
Algumas pacientes relatam outros
sintomas associados como:
Náuseas Vômitos Diarréia Cefaleia
Fadiga Ansiedade Enjôos
Estudos indicam que a prevalencia é
maior em mulheres menores de 25, sendo os fatores de risco mais relevantes, a existência
de antecedentes familiares, menarquia (primeira menstruaçao) antes dos 11 anos,
mulheres que não tiveram filhos, tabagismo, sobrepeso e depressão.
Atuaçao do Farmaceutico
Tratamentos Farmacológicos para a Dismenorréia
- Medicamentos antiinflamatórios: ibuprofeno, sobretudo na forma de sais de rápida absorção; A administração de AINEs é mais eficaz antes do aparecimento da dor, e deve ser continuado por 3 ou 4 dias;
- Medicamento analgésico: paracetamol;
- Medicamentos homeopáticos
- Suplementos dietéticos
- Oligoelementos
Dentre os medicamentos sob prescriçao estao os métodos anticoncepcionais, como a pílula, DIU, anel vaginal. Estes devem ser prescritos por um médico e o farmaceutico pode orientar sua paciente a procurá-lo, nos casos em que se verifique a ineficiencia de tratamentos analgesicos.
Já dentre os tratamentos não farmacológicos para a dismenorreia,
destacam-se:
- Psicoterapia, calor e massagem local, exercícios físicos regulares, banhos quentes, ingestão de líquidos quentes.
Prevençao
Apesar de não existirem medidas
preventivas realmente espqcíficas para a dismenorreia, devem-se evitar os
fatores de risco na medida do possível, principalmente o tabagismo e sobrepeso.
Uma alimentação balanceada e rica em
ácidos ômega-3, o exercícios físico aeróbio, e manter uma revisão ginecológica periódica.
No auxílio à paciente com dismenorreia,
o farmacêutico joga um papel importante e deve ter em conta que pode oferecer
uma dispensação com critérios de atenção farmacêutica.