segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cólicas Menstruais - Como tratar?

A dismenorreia  ou cólica menstrual é um tipo de dor muito frequente do dia-a-dia da mulher, e que está atrelado a um importante índice de automedicação. O farmacêutico pode ter um papel chave na abordagem desta doença e na derivação do paciente ao médico.

Durante a menstruaçao, ou alguns dias antes, normalmente 48 horas antes, o útero se prepara para a liberação do fluxo menstrual. A dor ou dismenorreia, consiste de dores do tipo cólicas devido à contração exagerada da musculatura uterina, causada por uma quantidade excessiva ou desequilibrada de Eicosanóides.
Otra causa sao os hormonios hipofisarios, vasopresina e oxitocina. Em estudos, mostrou-se que a vasopresina estimula a atividade uterina e reduz o fluxo sanguíneo e a falta de oxigênio gera a dor.

Costumam ser mais dolorosas no primeiro e segundo dia do ciclo, quando o fluxo é mais abundante.
A dor se foca geralmente na área acima do púbis, mas pode irradiar-se a outros pontos como:
  • Zona glútea
  • Regiao anterior da coxa e o dorso das pernas
  • Parte inferior das costas

Algumas pacientes relatam outros sintomas associados como:
Náuseas           Vômitos           Diarréia Cefaleia           
Fadiga  Ansiedade        Enjôos

Estudos indicam que a prevalencia é maior em mulheres menores de 25, sendo os fatores de risco mais relevantes, a existência de antecedentes familiares, menarquia (primeira menstruaçao) antes dos 11 anos, mulheres que não tiveram filhos, tabagismo, sobrepeso e depressão.
Atuaçao do Farmaceutico

Tratamentos Farmacológicos para a Dismenorréia
  • Medicamentos antiinflamatórios: ibuprofeno, sobretudo na forma de sais de rápida absorção; A administração de AINEs é mais eficaz antes do aparecimento da dor, e deve ser continuado por 3 ou 4 dias;
  • Medicamento analgésico: paracetamol;
  • Medicamentos homeopáticos
  • Suplementos dietéticos
  • Oligoelementos
Dentre os medicamentos sob prescriçao estao os métodos anticoncepcionais, como a pílula, DIU, anel vaginal. Estes devem ser prescritos por um médico e o farmaceutico pode orientar sua paciente a procurá-lo, nos casos em que se verifique a ineficiencia de tratamentos analgesicos.

Já dentre os tratamentos não farmacológicos para a dismenorreia, destacam-se:
  • Psicoterapia, calor e massagem local, exercícios físicos regulares, banhos quentes, ingestão de líquidos quentes.
Prevençao
Apesar de não existirem medidas preventivas realmente espqcíficas para a dismenorreia, devem-se evitar os fatores de risco na medida do possível, principalmente o tabagismo e sobrepeso.

Uma alimentação balanceada e rica em ácidos ômega-3, o exercícios físico aeróbio, e manter uma revisão ginecológica periódica.

No auxílio à paciente com dismenorreia, o farmacêutico joga um papel importante e deve ter em conta que pode oferecer uma dispensação com critérios de atenção farmacêutica.
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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Glicosímetro: como medir corretamente sua glicemia.

Os glicosímetros são hoje um dos dispositivos que mais auxiliam o paciente diabético no controle da glicemia. Existem no mercado diversas marcas e modelos, todos eles necessitam certo treinemento mas depois que você se habitua verá como é fácil e prático manter sua glicemia controlada!

Apesar disso, nas primeiras vezes que o utilizamos, pode ser um pouco difícil ou podemos ter resistência ao seu uso, já que implica a retirada de sangue (o que para muitos pode ser algo incômodo) e dor ao perfurar o dedo.


Hoje daremos as orientações e cuidados necessários para que você consiga superar todas as dificuldades que possam surgir.
  •  Em primeiro lugar comece lavando bem suas mãos com agua e sabão antes de manipular qualquer peça do glicosímetro: lancetas, tiras reativas, etc., bem como antes da medição.
  • Escolha a parte lateral da polpa do dedo e faça uma massagem para ativar a circulação local, mantendo a mão para baixo.
  • Dispare a agulha sobre o dedo para obter a amostra de sangue.
  • Não utilize a primeira gota de sangue.
  • Pressione o dedo até obter uma segunda gota de sangue e aproxime a tira reativa.
  • O glicosímetro irá indicar quando a medição esteja finalizada.
  • Não reutilize nem comparta as lancetas e tiras reativas.
  • Guarde todo o material em envase original e verifique se estão bem fechados, para evitar que se estraguem ou se contaminem, e esteja sempre atento à data de validade.
  • Elimine o material que teve contato com o sangue de forma adequada. Pergunte em sua farmácia ou posto de saúde pela coleta deste tipo de material.
  • Utilize sempre o mesmo glicosímetro, assim você evita variações que dependem da sensibilidade e da calibração de cada dispositivo.

 Faça um registro manual ou eletrônico das medições para levá-las a seu médico na próxima consulta. Inclua dados como data, hora, estado de alimentação ou qualquer outro fator que possa haver interferido na medição.


Se ficou alguma dúvida, não deixe de postar aqui abaixo ou perguntar ao seu médico, farmacêutico ou enfermeiro sobre como utilizar o glicosímetro.
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sábado, 15 de novembro de 2014

Dois minutos podem te salvar de um AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode afetar a qualquer pessoa, de qualquer idade. Crianças, adolescente e adultos estão sujeitos a padecerem um AVC.

Mas, você é capaz de reconhecer os sinais de perigo que podem salvar sua vida?

Uma em cada 5 mulheres e um em cada 6 homens, esta é a terrível estatística que gira em torno de um acidente vasculare cerebral. A falta de oxigenio nas células é determinante: 2 milhões de células neuronais morrem a cada segundo sem oxigênio.

Fatores como... Hipertensao
Doenças cardiovasculares
Obesidade
Tabagismo
Consumo de álcool
Sedentarismo
Diabetes
...nunca devem ser ignorados!!!

Algumas vezes os sintomas podem ser mal interpretados, fique atento pois em dois minutos você pode reconhecê-los e salvar o paciente. Veja abaixo quais são:
Falta de tônus facial
Distúrbios na fala
Fraqueza nas pernas e braços


Em dois minutos eles podem ser identificados. Tempo é o fator mais importante na atenção ao paciente que está tendo um AVC.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Osteoartrite? Descubra como a Viscoestimulaçao pode te ajudar!

Se você foi diagnosticada com osteoartrite (OA), saiba que não está sozinho. A osteoartrite é o tipo de artrose mais comum em todo o mundo.

Como se manifesta a AO no joelho?
Em um joelho sadio a cartilagem e o líquido ao redor protegem os ossos e permitem a perfeita movimentação do joelho. Assim você pode andar, correr, pular e todos os impactos serão amortecidos por esta estrutura.

Entretanto, na osteoartrite o tecido cartilaginoso que protege as extremidades dos ossos envolvidos vai se deteriorando gradativamente, o líquido que antes protegia contra os golpes da movimentação perde sua capacidade de absorver os impactos, e finalmente os ossos começam a atritar-se entre si causando dor, rigidez e perda dos movimentos do joelho.

Quais são as causas?
É uma doença de causa multifatorial, ou seja, não existe um uma única causa, senão alguns fatores que podem estar intimamente relacionados ao desenvolvimento da doença:
  • Idade: o risco aumenta a partir dos 45 anos de idade;
  • Gênero: é mais prevalente em mulheres;
  • Hereditariedade: se alguém em sua família sofre de AO a probabilidade de que te afete aumenta;
  • Lesão: o esforço repetitivo e de alto impacto ao longo do tempo pode levar ao desenvolvimento da OA;
  • Sobrepeso: excesso de carga sobre os joelhos pode desencadear o processo inflamatório.

Tratamento
Apesar de ser uma doença tão difundida e que causa grandes limitações no dia-a-dia, não se pode dizer que a OA possua um tratamento curativo ou definitivo. O que é importante é a constância, qualquer que seja o tratamento prescrito por seu médico.

As primeiras medidas a serem tomadas é a modificação de hábitos relacionados às causas descritas anteriormente. O exercício físico moderado pode ser um bom começo pra a aumentar a mobilidade e fortalecer a musculatura que suporta a zona da articulação. Além disso, ajuda na perda de peso diminuindo a sobrecarga sobre o joelho.

Dentre os tratamentos farmacológicos que podem ser prescritos pelo seu médico estão:

Analgésicos: indicados para o alívio da dor, apenas devem ser utilizados pontualmente e não são uma opção a longo prazo, já que não tratam a causa e podem levar a efeitos secundários como dor gastrointestinal.

Anti-inflamatórios: o uso oral de anti-inflamatórios está indicado em casos mais leves e para alívio de episódios pontuais de dor. Existe uma variedade no mercado em diferentes apresentações e tempo de ação.

Viscosuplementos: são injeções intra-articulares de uma substância semelhante ao líquido da articulação afetada e podem proporcionar um alívio de 3 meses a um ano. A aplicação pode ser feita em alguns minutos e o paciente pode voltar à casa no mesmo dia. Primeiro o médico limpará a região e aplicará um aanestesico local, retirará qualquer excesso de líquido de sua articulação e então injetará o viscosuplemento. Com os Viscosuplementos há menos efeitos secundários a nível sistêmico já que sua ação é local. Os efeitos locais são leves e passageiros.

Esteroides: o tratamento com esteroides injetados na articulação proporciona um alívio a curto prazo, porém seu uso constante está relacionado à danificação da cartilagem.

Cirurgia: a substituição total ou parcial do joelho (artroplastia) é o último recurso, quando a dor já não pode ser controlada com medicação. Trata-se de uma intervenção maior e como qualquer outra cirurgia envolve riscos, além de uma recuperação prolongada.

Faça seguimento...
A OA é uma doença crônica, por isso a importância de manter um contato constante com seu médico a fim de controlá-la adequadamente. Tire suas dúvidas e solicite informações sobre os tratamentos disponíveis ao seu profissional de saúde de confiança.

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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Juventude e a Síndrome do intestino irritável (SII)

A população jovem é sempre associada à saúde e vitalidade. Realmente, é uma fase em que damos o máximo no trabalho, nos estudos e também na vida social. Porém a realidade da população ativa ultimamente tem se modificado. O acúmulo de atividades estressantes, o dia-a-dia corrido e a sensação de que somos capazes de fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, está levando o jovem a um esgotamento fisiológico.

Uma das doenças da modernidade, que não é exclusiva desse grupo da população, mas que tem apresentado número de casos cada vez mais crescentes, é a Síndrome do Intestino Irritável (SII).
Vamos conhecer um pouco mais dessa patologia e seus sintomas. Talvez comece aqui a solução para os sintomas que antes você achava não ter relação!

O que é a SII?
É um transtorno digestivo de natureza crônico e extremamente prevalente, 15-20% da população de todo o mundo na sociedade ocidental. Associa a presença de dor abdominal e alterações na defecação: diarreia ou prisão de ventre juntamente com dor.

Como dito ao princípio, afeta principalmente a população jovem, e é ainda mais dominante em mulheres.

A SII normalmente vem associada a outros fatores como:
  • Stress;
  • Infecções gastrointestinais: quando a pessoa tem uma predisposição o risco de desenvolver a SII pode aumentar;
  • Fatores genéticos;
  • Hábitos alimentares;
  • Alergias alimentares.

Como a SII se desenvolve?
As morbidades relacionadas acima, quando não tratadas de forma adequada, desencadeiam um processo de micro inflamação nas células da mucosa intestinal com alteração da flora bacteriana, que exerce um importante papel na correta fisiologia da digestão. Ao microscópio, observam-se mastócitos hiperativos na flora intestinal destes pacientes o que indica a existencia de uma alteraçao patológica.



Diagnóstico e tratamento:
O diagnóstico se baseia em sintomas incomuns, como pode ser a dor ao defecar, ou a dor abdominal associada à constipação intestinal, e o tratamento é bem amplo: não existe um fármaco específico para a SII.

Devido à estes fatores o paciente tem um tratamento ineficiente e resultados muitas vezes reduzido, levando à uma baixa qualidade de vida.

Por tratar-se de uma síndrome funcional o tratamento baseia-se em tratar o sintoma mais evidente, seja ele a diarreia ou a constipação intestinal:

  • A primeira modificação que deve ser instaurada é uma reeducação dietética. É importante conhecer a existência de alergias alimentarias que muitas vezes estão associadas ao desencadeamento da SII;
  • Terapias alternativas como fitoterápicos, acupuntura, não tem seu uso devidamente comprovado para a SII, apesar de existir uma infinidade de preparados de plantas com efeitos paliativos sobre alguns sintomas;
  • Espasmolíticos: são fármacos como boa opção para o tratamento da dor, apesar de não ser uma solução definitiva para o paciente;
  • Loperamida: com uso sintomático;
  • Fármacos moduladores da fisiologia seletiva (agonistas e antagonistas da serotonina) intestinal como Alosetron, Tegaserod; têm sido relacionado à bons resultados.
  • Anti-depressivos tricíclicos, inibidores da receptação de serotonina: tratamento a longo prazo (mín. 6 meses).
  • Complementarmente, estão disponíveis nas farmácias preparados com pro e prebioticos que regulam a flora intestinal, trazendo mais conforto e regularidade ao processo digestivo.


Ao tratar-se de uma síndrome que engloba fatores psicossociais o melhor a fazer é reavaliar que estilo de vida você está levando e diante de qualquer suspeita consulte sempre seu médico de confiança para que te indique o melhor tratamento!
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Tratamentos para Refluxo Gastroesofágico RGE

O Refluxo Gastroesofágico (RGE), popularmente conhecido como azia, é um transtorno muito frequente, com alta prevalência, podendo afetar homens e mulheres em qualquer idade da vida.

Este incômodo costuma ser leve e ocasional na maioria dos casos, porém, pode se intensificar provocando lesões na mucosa esofágica originando um quadro mais grave e complexo.

O RGE pode ser definida como todo sintoma desencadeado pelo contato excessivo do material ácido do meio estomacal com a mucosa gastroesofágica.

Porque ocorre o refluxo?
O desencadeamento do refluxo se deve a uma disfunçao da barreira existente entre a união gastresofágica. A função barreira se deve à ação sinérgica de 3 fatores:
  • ângulo de Hiss: que facilita a passagem do alimento até o fundo do estômago;
  • esfincter esofágico inferior: que cria uma zona de alta pressão que obstaculariza a passagem do alimento;
  • piloro diafragmático: que produz um reforço muscular sobre toda esta zona;
  • existem estudos que relacionam também a asma com crises gastroesofágicas.

A disfunção em alguma destas barreiras pode permitir o contato do conteúdo ácido estomacal na região de junção com o esôfago, produzindo o refluxo.
A mucosa gástrica está preparada para um pH ao redor de 1. Já a mucosa esofágica não está preparada para este valor de pH tão ácido. Dependendo do conteúdo, quantidade, tempo e pH do conteúdo a que o esôfago fica submetido, determina a gravidade do refluxo.

Sintomas do RGE
As principais queixas dos pacientes são sensação de ardor (pirosis) e regurgitação ácida. Entretanto, existem alguns sintomas menos frequentes mas que também merecem atenção: disfonia, tosse crônica, e dor no tórax.

O contato contínuo e extremado de conteúdo ácido com a mucosa esofágica pode gerar uma esofagite e causar lesões. Se não forem devidamente tratadas, estas lesões podem produzir fibrosis que geram estenosis esofágicas e ainda, podem obstruir a luz do esôfago, impedindo o fluxo de alimentos. Ou seja, que muitas vezes o que parece algo simples e corriqueiro, assim como muitos sinais que o corpo nos dá, não deve ser deixado de lado, pois as complicações podem ser perigosas e muito mais difíceis de tratar!

Tratamento
Modificaçoes no estilo de vida podem ter bons resultados:
  • aumentar o numero de refeições ao dia;
  • redução de peso em caso de obesidade;
  • elevar o colchão ou cama para que a cabeça fique levemente acima do restante do tronco, 15cm aprox.
  • diminuição do consumo de álcool.

Fármacos existentes no mercado
Os principais fármacos podem ser agrupados em três classes:
  • Antiácidos e inibidores da secreção gástrica (antiácidos, IBPs, antiH2, etc);

Os IBPs  (omeprazol, pantoprazol... ) são os medicamentos mais eficazes e de primeira escolha. São pro-fármacos com ação de inibir a bomba de prótons no estomago, assim, reduzem tanto a secreção ácida basal como a induzida por alimentos.

Os antiácidos possuem a capacidade de neutralizar o ácido produzido pelo estômago e inibir a enzima proteolítico pepsina.

Os antagonistas H2 suprimem a secreção ácida pelo bloqueo dos receptores H2 da histamina, seus principais representantes são ranitidina e famotidina. Um fator negativo deste tipo de medicamento é que produz certa tolerância com seu uso continuado no período aproximado de 2 semanas.
  • Agentes antirrefluxo (alginatos); São agentes antirrefluxo de ação local, portanto, devem ser tomados assim que aparecerem os síntomas, logo depois das refeiçoes.
  • Agentes procinéticos (metoclopramida, domperidona, cinitaprida, etc.); Sua açao aumenta o tonus do esfincter esofágico e facilita o esvaziamento gástrico. Entretanto nao sao os medicamentos de primeira escolha, já que não apresentam benefícios em relação aos demais.

 Seu farmacêutico ou médico seguramente saberá, através de uma entrevista detalhada, indicar, ou o melhor tratamento para seu caso, ou a procura de um especialista.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Como funcionam os medicamentos para Ácido Úrico

Mais uma vez, os maus hábitos alimentares, somados aos fatores genéticos podem ser uma combinação explosiva para nossa saúde. Neste post, vamos falar sobre  doenças com algo em comum, a gota, artrite gotosa e cálculo renal; que têm uma mesma causa (altos níveis de ácido úrico no sangue).

Resultante do metabolismo de um tipo de proteína no nosso organismo, chamada purina, o ácido úrico está presente no sangue em níveis considerados normais e exercem importante papel bioquímico. Em um indivíduo com as funções renais normais, este metabólito é eliminado pela urina e não costuma trazer danos à saúde.

Entretanto, em pessoas com a função renal debilitada, o ácido úrico pode se acumular. Os pequenos cristais se acumulam principalmente nas articulações, podendo causar artrites e nos casos mais avançados, gota; e nos rins, causando as terríveis e dolorosas pedras nos rins. Os elevados níveis de ácido úrico no sangue também podem levar à insuficiência renal.

Para verificar o quadro de hiperuricemia, seu médico pode solicitar a realização de um exame de sangue que mede a concentração de ácido úrico no sangue.


Os medicamentos existentes no mercado podem ser divididos basicamente em:
  • os que inibem a produção de ácido úrico: alopurinol

Atua sobre o catabolismo das purinas, inibindo as reações bioquímicas que geram o ácido úrico. O alopurinol é um análogo estrutural de uma base púrica natural e atua como inibidor da enzima responsável pela reação que gera o ácido úrico.

  • os que aumentam a sua excreção: probenecide e sulfinpirazona

A probenecida é um agente uricosúrico e bloqueador tubular renal. Ela inibe a reabsorção tubular de urato, aumentando, assim, a excreção urinária de ácido úrico e diminuição dos níveis de urato de soro. Uma eficaz eliminação de ácido úrico reduz os acúmulos do mesmo no organismo, retarda a deposição de urato, e promove a reabsorção dos depósitos de urato.

Após ser filtrado pelo glomérulo, o ácido úrico é reabsorvido e secretado nos túbulos proximais. Menos de 10% da quantidade filtrada é eliminado na urina. A sulfinpirazona atua em nível renal, impedindo que o ácido úrico seja reabsorvido pelos túbulos renais.

Esta família de fármacos trabalha inibindo a reabsorção de uratos e regulando alguns dos vários transportadores moleculares existentes no túbulo renal.

Algumas recomendações:
É muito importante uma ingesta de 1,5 a 2 L de água ao dia como forma de ajudar o organismo a eliminar o ácido úrico;

A modificação do estilo de vida também é bem vinda no acompanhamento ao tratamento, combinando dieta saudável, livre de alimentos industrializados e bebidas alcoólicas (sobretudo cerveja que tem alta concentração de purinas) e rica em frutas, verduras, leite e seus derivados.


Seu médico deve ser sempre consultado para que indique o melhor tratamento para seu caso. O acompanhamento de um nutricionista nesta doença é de muita valía, já que se trata de um distúrbio metabólico que em alguns casos tem como origem a má alimentação.
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Dia mundial do AVC: Conheça as causas, sintomas e como evitá-lo.

Em 2006, a OMS proclamou, junto à Federação Mundial de Neurologia o dia 29 de outubro como sendo o dia mundial do AVC. Este emblemático dia tem o objetivo de incentivar a participação de todos, comunidade e profissionais de saúde para melhorar as condições de tratamento e prevenção.

O que é um AVC?
A interrupção do fornecimento de oxigênio e nutrientes, causado pelo bloqueio do fluxo sanguíneo ao cérebro, seja por um coágulo ou o rompimento de um vaso é chamado de acidente vascular cerebral (AVC).

Quais são suas causas e como posso evitar um AVC?
Basicamente, evitando-se as causas, estaremos também prevenindo a possível ocorrência de um AVC, através de:
  • Prática de exercícios regulares;
  • Redução da ingesta de alimentos de origem animal. Sobretudo suas gorduras;
  • Eliminação ou pelo menos, redução do tabagismo
  • O alcoolismo e o estresse também são importantes fatores de risco;
  • Para aqueles maiores de 40 anos, é importante que pelo menos uma vez por ano realizem controle da pressão arterial, análises de glicose e colesterol no sangue;

Como posso identificar um AVC?
Você pode fazer toda a diferença no auxílio imediato a alguém que esteja sofrendo um AVC. Se você percebe que a pessoa apresenta fraqueza repentina ou dormência da face, braço ou perna, na maioria das vezes de um lado do corpo, já pode ficar alerta! Incluem-se também sintomas como confusão, dificuldade para falar ou entender a fala; dificuldade de enxergar com um ou ambos os olhos; dificuldade em andar, tonturas, perda de equilíbrio ou coordenação; dor de cabeça forte, sem causa conhecida; desmaio ou perda de consciência. O primeiro a fazer é chamar socorro através do 192 e monitorar os sinais vitais do paciente enquanto espera.

Se houver condiçoes, conduza a pessoa diretamente ao hospital. O fator tempo é crucial para que o tratamento seja efetivo e as sequelas as menores possíveis.

Sequelas:
A falta de oxigênio ao cérebro pode danar os neurônios de maneira irreversível. As sequelas irão depender da zona afetada do cérebro e o grau de lesão. Dependendo da magnitude do acidente pode haver morte súbita.


O dia mundial é apenas simbólico e nos faz o alerta para uma campanha que deve durar o ano inteiro, no dia-a-dia de cada um de nós. Temos muito a ajudar!


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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Convivendo bem com a Osteoporose

É cada vez mais comum vermos mulheres acima dos 45 anos de idade com osteoporose. Seja na família, em grupo de amigos, conhecidos ou pacientes que recorrem à farmácia.

Isso porque a expectativa de vida vem aumentando cada vez mais e com ela as mudanças nos hábitos de vida. A mulher hoje em dia, ocupa um papel duplo, na família e na sociedade. A falta de tempo faz com que as vezes comamos qualquer coisa na rua, deixemos de praticar atividades físicas e isso se seguramente se refletirá na saúde. Em especial, no caso das mulheres, justamente quando inicia-se o período da menopausa.

Na maioria dos casos existe perda de cálcio por falta de hormônio feminino (estrógeno) na fase da menopausa, e que se associa a ingestão baixa de cálcio nutricional e sedentarismo.

Prevençao:
Pelo fato de que os pacientes não apresentem os sintomas prévios à aparição de fraturas osteoporóticas, é de extrema importância o acompanhamento com seu médico, através de exames de densitometria.

Além de se estabelecer uma dieta rica em nutrientes que ajudam a fixar o cálcio nos ossos (verduras escuras, óleos de fígado de peixe, ovos), já está demonstrado que a atividades físicas regulares (exercícios aeróbicos, musculação e outros esportes) estão intimamente ligadas à diminuição da perda do cálcio pelos ossos.

O cálcio proveniente do leite, na minha opinião pessoal, é um tanto quanto controverso. Populações de países asiáticos são os que menos consomem leite e seus derivados, no entanto são os que apresentam menor taxa de osteoporose em mulheres em idade acima de 45 anos.

Toda ingesta de cálcio, para que seja efetiva, deve ser acompanhada de exposição ao sol (antes das 10 da manhã, de 15 a 20 minutos, sem filtro solar). Tomar Sol é fundamental para a produção de vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio do organismo.

Tratamento:
O tratamento vai ser pautado de acordo com o diagnóstico feito pelo seu médico.
Atualmente existem no mercado fármacos moduladores da fixação óssea e suplementos vitamínicos a base de cálcio.

Apesar de todos eles diminuírem a velocidade de perda óssea, e ajudar no aumento da mineralização do novo osso, nenhum medicamento é igual ao outro. Existem apresentações em comprimidos, outros são injetados e alguns são administrados através de spray nasal.

Dica importante - Como tomar os comprimidos de Alendronato:
Os comprimidos devem ser tomados com um copo de água, meia hora antes do primeiro alimento, bebida ou medicamento do dia. Deve-se ficar na posição vertical por 30 minutos, no mínimo, após a ingestão, e até que se faça a primeira refeição do dia.

Com estas recomendações de prevenção e tratamento, já poderão divulgar e compartilhar, com os inúmeros conhecidos que convivem com a osteoporose, uma forma de encará-la sem medos e com melhor qualidade de vida!

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